Meta chinesa é comerciar US$ 20 bilhões com o Brasil em 2007

O governo chinês espera que o intercâmbio comercial entre Brasil e China atinja US$ 20 bilhões em 2007 ? 65% a mais que os US$ 12,18 registrados em 2005. A previsão é do vice-ministro de Comunicação da China, Qian Xiaoqian. Até fevereiro de 2006, o acumulado do comércio entre os dois países foi de US$ 1,8 bilhão.

"Nossas relações comerciais são de grande importância para os dois países e ainda existe um grande potencial para o desenvolvimento desta relação. Diante do tamanho de nossos países, o comércio bilateral ainda é pequeno", afirmou o ministro chinês hoje (24), em Brasília.

Xiaoqian está no Brasil para conhecer os meios de comunicação e buscar parcerias com a mídia brasileira. O gigante asiático, segundo o vice-ministro, tem 1,9 mil jornais, 9,5 mil revistas, mais de 2 mil canais de televisão, outras 2 mil emissoras de rádio e mais de 700 mil portais. "A população chinesa tem um interesse cada vez maior pelo mundo e pelo Brasil, que é um dos países mais importantes do mundo", destacou. "Para minha satisfação, percebo um interesse também grande da mídia brasileira pela China".

Hoje, mesmo com saldo positivo para o Brasil, alguns setores da indústria brasileira alegam que estão sendo prejudicados pela concorrência dos produtos chineses ? é o caso de fabricantes de calçados, brinquedos, eletroeletrônicos, óculos e máquinas para a produção de plásticos. Fora o setor de têxteis, os chineses sempre se mostraram extremamente contrários a qualquer tipo de acordo.

Apesar da resistência chinesa já demonstrada, Xiaoqian garantiu que o governo chinês está disposto a buscar soluções. "É natural que surjam problemas em qualquer relação comercial", afirmou. "Vamos tentar resolver na base do interesse mútuo.O princípio que praticamos é igualdade e benefício mútuo e esperamos que ambos os lados considerem o interesse da outra parte", afirmou.

Segundo ele, a visita do vice-presidente brasileiro, José Alencar, à China, "é um grande estímulo para as relações bilaterais, especialmente econômico-comerciais". Alencar permanece na China até amanhã (25), onde cumpre agenda oficial desde o dia 20.

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