Medeiros diz que pirataria acaba com emprego no Brasil

O presidente da CPI da Pirataria, deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), disse que a comissão, que encerrou seus trabalhos no final de junho, fez um diagnóstico amplo da pirataria, a falsificação de produtos no país. “Isso é uma coisa muito séria no Brasil. A pirataria, a falsificação mata pessoas. Nós enfrentamos esse problema”, afirmou. O relatório da CPI da Pirataria está sendo encaminhado hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Medeiros lembrou que a pirataria acaba com o emprego. “É preciso preservar a vida das pessoas, preservar o emprego. A pirataria, a falsificação destrói os nossos empregos, acaba com o emprego no Brasil e cria empregos na China. Nós não queremos criar empregos na China, nós queremos criar empregos aqui no Brasil. A indústria de relógios praticamente fechou, porque não pode concorrer com produtos não importados, mas contrabandeados da China para o Brasil; a indústria de óculos… Então, nossos empregos são sagrados?, afirmou o parlamentar

Em entrevista à NBR, o canal de TV a cabo da Radiobrás, o deputado explicou que entre os produtos mais falsificados estão os remédios. “Tem muita falsificação de remédio, remédio de uso contínuo, remédio para pós-operatório”. Outro produto falsificado é a gasolina. “Há falsificação de gasolina no Brasil. Você pensa que está comprando uma gasolina, você está adquirindo um produto misturado com solvente que quebra o carro, prejudica o meio ambiente”. Segundo Medeiros, outro setor vítima da pirataria é o de selos, como da Receita Federal e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). “Existem quadrilhas perigosas, organizadas, que não respeitam a lei e que causam desemprego no Brasil”, acrescentou.

Sobre a prisão do chinês Lao Kim Chong, Medeiros disse que foi uma vitória conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público e da CPI. ?Ele é um grande contrabandista, e um grande corruptor. Ele é um homem que destrói empregos no Brasil e era considerado blindado, ou seja, ninguém punha a mão nele, porque tinha a proteção de político, de juiz, de policiais. Então, a ação da Polícia Federal e da CPI mostrou que não tem bandido blindado, entendeu? Se a gente quiser, a gente destrói as quadrilhas. O bandido, ele sempre vai deixar um furo que a polícia pode pegar, é questão de querer, é questão de vontade?, afirmou.

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