A Polícia Federal prendeu ontem (8) à noite o mecânico M.P., de 29 anos, por estar utilizando um telefone celular durante o vôo entre Curitiba e Foz do Iguaçu. A PF não divulgou o nome do infrator nem da empresa aérea. Ele foi enquadrado no artigo 261 do Código Penal Brasileiro, que trata de atentado contra segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo.
O mecânico permanecia hoje na sede da PF em Foz do Iguaçu, à disposição da Justiça Federal. No avião viajavam 115 pessoas. Por seu ato, colocando em risco a vida dos ocupantes do avião, M.P. poderá ser condenado a pena de 2 a 5 anos de reclusão.
À polícia ele disse ser natural de Matelândia (PR), mas mora atualmente na Suíça. Ele iria a Foz e de lá para Cascavel, no oeste do Paraná, para o enterro de um parente.
De acordo com a chefe das comissárias do vôo, quando o avião se preparava para descer no aeroporto de Foz, ela notou que M.P. estava com o celular ligado. Imediatamente pediu que desligasse o celular. "Ele disse que estava com o telefone ligado o tempo inteiro e o avião não tinha caído", afirmou a comissária à polícia.
Diante de outros passageiros, a comissária reiterou o pedido em razão do perigo que representava. "Vai dormir", teria dito irritado o mecânico. De acordo com a PF, ele não estava embriagado. O comandante da aeronave comunicou a torre de controle, que solicitou a presença dos policiais.
Antes mesmo do desembarque de todos os passageiros, ele foi preso dentro da aeronave. Segundo informações do piloto, o uso de telefone celular ou outro aparelho eletroeletrônico pode interferir na leitura da freqüência dos aparelhos do avião, traçando dados errados e ocasionando acidente. De acordo com a PF, esta foi a primeira vez que uma ocorrência dessas foi registrada no Sul do Brasil.