Marinho nega divergência com Paulo Bernardo sobre mínimo

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, negou há pouco que haja divergências entre ele e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, sobre a possibilidade de antecipar o novo salário mínimo para março, como pedem as centrais sindicais. "Não há divergência", disse à Agência Estado. "Ele (Paulo Bernardo) só falou o óbvio: que se o presidente decidir que é para antecipar o mínimo, nós o faremos."

Ontem, Marinho havia afirmado que não haveria condições de antecipar o aumento do mínimo devido ao elevado custo da medida: R$ 2,163 bilhões. Logo depois, sem saber das declarações do colega, Bernardo disse que era possível, sim, elevar o mínimo a partir de março, desde que outras medidas para minimizar o impacto fiscal fossem adotadas. O custo maior com o aumento do mínimo poderia, segundo Bernardo, ser compensado com um reajuste menor na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

"Ele tinha acabado de voltar de férias e não sabia que, nos últimos dias, o carro tinha andado um pouco", justificou Marinho. "Se ele, que é o ministro do Planejamento, acha que é possível, eu só posso achar bom", acrescentou, brincando. "Mas é preciso avaliar essas questões com os pés no chão."

Uma decisão sobre o novo valor do salário mínimo, as negociações são em torno de R$ 350, e, possivelmente, sobre o reajuste da tabela do IRPF deverá ser tomada até a próxima quinta-feira. Se governo e sindicalistas chegarem a um entendimento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá receber os presidentes das centrais.

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