A senadora Marina Silva (PT/AC) foi confirmada hoje, pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, em sua viagem aos Estados Unidos, como ministra do Meio Ambiente. O nome dela também foi anunciado, hoje, pelo ministério do Meio Ambiente como o primeiro lugar, na categoria “liderança individual”, no Prêmio Chico Mendes, instituído este ano para valorizar pessoas físicas e jurídicas que promovam a melhoria da qualidade ambiental na Amazônia.

A nova ministra recebeu o prêmio – coincidentemente anunciado no mesmo dia da confirmação para comandar o ministério – por suas atividades em defesa da Amazônia, em favor de modelos sustentáveis de desenvolvimento econômico e social.

Os outros premiados foram a Associação dos Moradores e Produtores do Projeto de Assentamento Chico Mendes, do Acre, na categoria “associação comunitária”; o Instituto Sócio-Ambiental, de São Paulo, na categoria organização não-governamental; a Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), do Amazonas, na categoria “negócios sustentáveis”, e a Universidade Federal do Acre (Ufac), na categoria “ciência e tecnologia”.

O ministério do Meio Ambiente recebeu 57 inscrições nessa primeira edição do Prêmio Chico Mendes, sendo que 17 concorriam à categoria “liderança individual”. Duas mulheres ficaram com a segunda e terceira posições, Raimunda Gomes da Silva, por sua atuação como líder do movimento das quebradeiras de coco babaçu na região do Bico de Papagaio (TO), e Muriel Saragoussi, dirigente da ONG Fundação Vitória Amazônica (AM).

Maria Osmarina Silva de Lima, acreana de 44 anos de idade, é o nome de batismo da ministra do Meio Ambiente do próximo governo. Começou sua vida legislativa, em 1988 como vereadora, em Rio Branco, capital do Acre. Dois anos depois, se elegeu deputada estadual e, em 1994, aos 38 anos, chegou ao Senado Federal como a mais jovem senadora do país. Este ano, Marina foi reeleita para o Senado.

A carreira política da senadora tem origens nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), entidades ligadas à Igreja Católica. Ex-seringueira, Marina Silva se filiou ao PT em 1985 e lançou sua candidatura para deputada federal para ajudar o líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, que era candidato a deputado estadual. Nenhum dos dois se elegeu na época.

Marina nasceu a 70 quilômetros de Rio Branco, no Seringal Bagaço, de onde saiu adolescente para tratar uma hepatite. Mudou-se para Rio Branco, onde aprendeu a ler e também onde se formou em História, pela Ufac, em 1985. A partir daí, tornou-se professora de história.

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