Marina Montini, a musa de Di Cavalcanti, morre aos 58 anos

 Musa do pintor Di Cavalcanti (1897-1976), Marina Montini morreu hoje às 6h10 de insuficiência hepática. Ela sofria de cirrose e havia sido internada na manhã de domingo no Hospital dos Servidores do Estado (HSE), no Rio, sentindo fortes dores. Tinha 58 anos.

Com 1,80 m, boca carnuda e corpo exuberante, Marina posou durante sete anos para o pintor. De turbante preto, óculos escuros e vestida de branco, aparece, chorando muito, no velório de Di, no Museu de Arte Moderna, do Rio. A cena correu mundo no documentário que Glauber filmou sem autorização da família do morto. "Di de Glauber" foi interditado para exibições no País, mas ganhou a Palma de Ouro do curta-metragem no Festival de Cannes e ostenta a fama de ser uma dupla súmula artística – do pintor e do cineasta.

Marina Montini fez grande sucesso ao posar nua na "Playboy", nos anos 1970. Com o agravamento do estado de saúde, e enfrentando sérias dificuldades financeiras, Marina passou oito meses morando no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, Rio, entre 2003 e 2004. Segundo a direção da casa, ela chegou lá muito doente, por causa do álcool, mas conseguiu se recuperar.

Atualmente, morava no Leme, na zona sul do Rio, em companhia de uma amiga. Era viúva e não tinha filhos. O enterro está marcado para as 14 horas de amanhã, no cemitério São João Batista, em Botafogo.

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