Os 270 alunos do 6.º ao 9.º ano (ensino fundamental) da Escola Estadual Professora Geraldina da Mota, em Ferraria, Campo Largo, estão há quase duas semanas sem aula. A direção dispensou os estudantes depois que as divisórias de todas as salas de aula ficaram comprometidas por causa do vendaval de 31 de outubro. O trabalho de recuperação começou ontem e deve durar uma semana.
Desde 2008 a escola funciona num barracão alugado pelo governo estadual, onde foram usadas as divisórias para demarcar as salas de aula. Após o vendaval, algumas divisórias ficaram penduradas, com risco de cair, enquanto outras saíram do lugar. Mas, este não é o único problema. Pais de alunos chamaram o Corpo de Bombeiros para vistoria no local, que constatou diversas irregularidades.
O laudo apontou problemas com saídas de emergência, rampas, extintores e ventilação nas salas que não têm janelas. Além disso, os funcionários dizem que o ambiente é abafado e a acústica ruim. “Vamos acompanhar o trabalho aqui e depois das obras concluídas queremos que os bombeiros venham mais uma vez para ver se as crianças têm condições de voltar”, diz o artesão Antônio Moreno Arroio, que tem dois filhos matriculados na escola.
Prazo
Os pais também pretendem acompanhar de perto o andamento da construção da nova unidade da escola. “Não queremos que os alunos voltem para o barracão. Ano que vem queremos todos na nova escola”, diz Arroio. A previsão de entrega do serviço é entre março e abril, mas funcionários da empresa responsável pela obra dizem que o prazo pode se estender, porque os trabalhos foram interrompidos durante 60 dias por irregularidades ambientais.
Proposta de aula no sábado
Em nota, a Secretaria da Educação informou que representantes do Núcleo Regional estão em contato com funcionários da escola e pais de alunos e a “reposição do conteúdo pedagógico será discutida com a comunidade em reunião” marcada para amanhã.
A proposta é que sejam realizadas aulas aos sábados após a reabertura da escola.
Veja na galeria de fotos a escola.