Mais calmo, dólar abre em queda de 0,48% a R$ 2,124

O mercado de câmbio doméstico começa a terça-feira com o dólar em queda, invertendo a trajetória de valorização verificada nos dois últimos pregões na Bolsa de Mercadorias & Futuros e no mercado interbancário. O primeiro negócio fechado esta manhã na BM&F, às 9h20, teve a cotação de R$ 2,124, recuo de 0,48% em relação ao final do dia ontem. Nos negócios seguintes, o dólar ampliava a queda, negociado às 9h29 a R$ 2,121, na taxa mínima, baixa de 0,62%.

Os mercados internacionais mostram aparente serenidade e operam com tom positivo, o que está gerando um sentimento de alívio que percorre os investidores ao redor do mundo. Ainda assim, por enquanto ninguém arriscar sentenciar o fim da volatilidade e das tensões que começaram exatamente uma semana atrás, com a queda histórica da Bolsa da China e que ganharam corpo com outros fatores e em outros ativos, resultando em aumento da aversão ao risco.

O ex-presidente do banco central americano (Federal Reserve) Alan Greenspan voltou a alertar sobre a possibilidade de recessão nos EUA, no final deste ano. A avaliação é compartilhada pelo banco de investimentos UBS, que mensura a chance de ocorrência de recessão global em 12 meses em 30%. Fazendo contraponto, há avaliações como a do banco de investimentos asiático Standard Chartered, que recomendou a venda de contratos de três meses do dólar em relação ao real, na medida em que a aversão ao risco perde força.

No câmbio doméstico, a aversão ao risco dos últimos dias traduziu-se numa valorização significativa do dólar. Mas nada mudou nas perspectivas sobre o cenário doméstico, que é favorável à queda do dólar. Mostra disso é o comportamento dos exportadores que, perante as últimas altas do dólar estariam atuando fortemente para "aproveitar o preço". Ou seja, a expectativa é que o valor atual não se sustente ao menor sinal de retomada da normalidade dos mercados.

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