Mais 73 do MLST são indiciados por invasão à Câmara

A Polícia Federal indiciou hoje mais 73 militantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) pela invasão e depredação de instalações da Câmara dos deputados em 5 de junho. Eles se juntarão aos 42 líderes da invasão que já estão presos, entre os quais, o dirigente Bruno Maranhão.

Os 115 manifestantes participaram de uma reunião na sede da Contag em Brasília na véspera da invasão à Câmara, ocasião em que deliberaram pelo quebra-quebra e discutiram os detalhes da operação. A fita com a filmagem da reunião está em poder da Polícia Federal para ser periciada pelo instituto de criminalística. Entre os 73 novos indiciados consta um casal – Joaquim Ribeiro e Gladys Rossi – que não participou da depredação, mas sim de todo o planejamento. Foram eles que fizeram a reserva do auditório da Câmara em nome da Contag e convocaram 96 militantes dos sem terra para a reunião do dia 4 em que foi decidida a invasão.

Todos os 115 indicados irão responder pelos crimes de lesões corporais contra 38 feridos durante a invasão, dois deles em estado grave e ainda afastados do trabalho. Serão acusados ainda por dano qualificado contra o patrimônio público e privado, formação de quadrilha e destruição de bem tombado pelo patrimônio público.

A PF nega que tenha havido violação de direitos humanos ou abusos contra os militantes presos e encaminhará relatório à Justiça pedindo a transformação da prisão temporária de 42 manifestantes em prisão preventiva, para que continuem detidos até o final da instrução criminal. Se a justiça não atender o pedido, os 42 militantes serão libertados nos próximos três dias porque neste prazo vence o período de prisão de temporária.

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