Maioria dos eleitores apóia voto distrital, revela pesquisa

As elites políticas resistem à reforma política, mas 56% dos eleitores brasileiros aprovam a adoção do voto distrital, contra 36% que apóiam a manutenção do sistema proporcional para eleger deputados federais, estaduais e vereadores, revela pesquisa da Ipsos Public Affairs. Com o voto distrital, os Estados seriam divididos em distritos, nos quais cada partido teria um só candidato para cargos parlamentares. O sistema é distrital nos EUA, na Inglaterra e na França.

Para 78%, o voto distrital facilita a cobrança de promessas feitas pelo eleito; 68% acham que o voto distrital ajuda a diminuir a corrupção parlamentar. Ele barateia as campanhas e aumenta a proximidade do representante político com o eleitorado mas há também quem acuse o sistema de paroquializar a representação política federal. Em relação à escolaridade, o voto distrital conta com a preferência de 58% dos eleitores que têm segundo grau, de 55% dos que têm até o primeiro grau e de 52% dos de nível superior. No Norte-Centro Oeste, 63% dos eleitores o apóiam, índice que desce para 60% no Sudeste, para 55% no Nordeste e para 41% no Sul, onde a preferência majoritária é pela manutenção do sistema proporcional (48%).

Mas em todas as regiões os eleitores brasileiros acham que o voto distrital contribuiria para diminuir a corrupção no meio político-parlamentar: são 80% no Nordeste, 70% no Sudeste, 56% no Norte/Centro-Oeste e 49% no Sul. O apoio à adoção do voto distrital aumenta se o número de partidos for reduzido. Com apenas dois partidos, 66% dos brasileiros apoiariam esse sistema eleitoral.

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