Magella deixa presidência de banco para se candidatar pelo PT

Brasília (AE) – O presidente do Banco Popular do Brasil (BPB), Geraldo Magella, deixou hoje a presidência da instituição financeira, cargo que ocupava desde abril. Magela disse que a saída estava acertada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva há cerca de dois meses e que permaneceu à frente da instituição em atendimento a um pedido do presidente do Banco do Brasil (BB), Rossano Maranhão.

De acordo com o presidente do BPB, a saída tem como única motivação voltar a fazer política, atividade que não podia se dedicar à frente do banco. Magella afirma que Lula o, incentivou durante a conversa que tiveram para decidir a saída, dizendo que considerava que ele devia se candidatar em 2006. Magella perdeu por pouco a eleição para governador do Distrito Federal para o governador Joaquim Roriz (PMDB) e a nomeação ao cargo na subsidiária popular do BB foi considerada por muitos um prêmio de consolação.

Maranhão nunca escondeu que preferia alguém com um perfil mais técnico à frente do Banco Popular. Magella é funcionário de carreira do BB, mas não tem essa classificação técnica. Com o apoio do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o presidente do BB conseguiu trocar parte da diretoria da instituição financeira, que herdou do ex-presidente Cássio Casseb de Lima. Saíram os vice-presidentes de Varejo, Edson Monteiro, e de Finanças, Luiz Eduardo Franco de Abreu, que era ligado ao PT.

Na esteira da despolitização e também por envolvimento no esquema do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, em apuração na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do "Mensalão", saiu o diretor de Marketing, Henrique Pizzolato. Pesa sobre Magella a suspeita de uso do dinheiro movimentado pelo ex-chefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civli Waldomiro Diniz, durante a passagem pela Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), como caixa de campanha. O presidente do BPB nega e diz que todo o episódio foi esclarecido e superado e que processa Diniz.

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