Foto: Ricardo Stuckert |
Lula, em discurso na China. |
?Certamente teremos algumas pessoas no mundo torcendo para que essa aliança não dê certo?, disse Lula, lembrando que somando as populações dos dois países e mais milhões de pessoas que vivem no terceiro mundo, ?os que estão torcendo a favor são em número maior do que aqueles que torcem contra?.
Aos que interpretaram na sua fala um recado aos Estados Unidos, o presidente disse, mais tarde, em entrevista coletiva, que não se tratava especificamente de um país. ?Tem muita gente disputando o mercado chinês. Tem muita gente disputando o mercado brasileiro. Se alguém descobre que você pode vender um bilhão a mais para um país ou comprar um bilhão a mais, as pessoas dizem: poderia ser meu?, declarou.
Lula afirmou que o pacto que vem fazendo com países em desenvolvimento não interfere com as relações com os Estados Unidos e com a União Européia. ?Nós temos clareza da importância dos Estados Unidos na relação com o Brasil. Tenho dado demonstrações de que nós temos consciência da importância dos Estados Unidos na relação conosco e queremos aperfeiçoar essa relação?. Mas o país precisa se diversificar para conseguir ampliar o volume das exportações.
Como os Estados Unidos ocupam 26% de todo o comercio exterior e a União Européia outros 26% fica difícil incrementar a pauta. ?Nesta questão comercial não fazemos distinção. Queremos vender e comprar o máximo possível de todos os paises do mundo?, disse o presidente, anunciando que quando for aos Estados Unidos, no dia 24 de junho, seguirá a mesma estratégia para obter o sucesso da viagem à China. ?Vou tentar mostrar aos americanos que estamos melhores do que já estivemos em qualquer outro momento para receber os investimentos americanos no Brasil e oxalá eles estejam preparados para receber os nossos produtos
também?.
Lula afirmou que o governo trabalha para estreitar laços comerciais e políticos com os países do Mercosul, com os países da América do sul e com os países em desenvolvimento de outros continentes. Citou a formação do G-20 como um importante bloco de defesa da igualdade de condições entre os países nas discussões internacionais como na Organização Mundial do Comércio.
A comitiva presidencial à China contou com quase 500 empresários brasileiros, além de seis ministros, governadores e parlamentares.
O presidente embarca amanhã para Guadalajara (México), depois de um café da manhã com empresários.
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