Lula lamenta o início da ação armada no Iraque

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, em um pronunciamento ao povo brasileiro, que lamenta o início da ação armada no Iraque e, em particular, o recurso à força sem autorização expressa do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O presidente ressaltou que desde que assumiu a Presidência tomou uma série de iniciativas em busca de uma solução pacífica para a crise, com o pleno cumprimento pelo Iraque das resoluções do Conselho de Segurança.

“Nesse sentido, conversei, pessoalmente e por telefone, com vários líderes e governantes do mundo. Até o último momento estive empenhado em buscar uma solução negociada. Com esse objetivo, fiz repetidos contatos com o secretário-geral das Nações Unidas. Da nossa parte, a diplomacia brasileira e eu, pessoalmente, fizemos todo o possével para que o conflito fosse evitado”, disse o presidente.

Diante do início da guerra, o presidente disse que está preocupado com o sofrimento de inocentes cujas vidas devem ser preservadas e fez um apelo para que sejam respeitadas as normas do direito internacional humanitário, principalmente no que se refere à proteção das populações civis e dos refugiados. O presidente disse ainda, que está preocupado com as repercussões regionais e internacionais do conflito. “Não queremos ver o agravamento da instabilidade no Oriente Médio, região de onde descendem milhões de brasileiros e brasileiras e à qual nos unem laços de amizade e cooperação. Todos precisamos de estabilidade e paz para levar adiante nossa luta pelo desenvolvimento econômico com justiça social”, afirmou.

O presidente destacou que estão sendo tomadas toda as providências para que o povo brasileiro não sofra com os efeitos da guerra. “Estamos cuidando do abastecimento, da saúde, da vigilância de nossas fronteiras, e do apoio aos brasileiros que vivem na região afetada pelo conflito. Estou certo de que, com todas essas atitudes, interpreto os sentimentos do povo brasileiro que deseja viver num mundo pacífico em que as normas do direito internacional sejam plenamente respeitadas”, finalizou o presidente.

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