Lula e Blair afinados

O presidente da República está de volta ao País depois da viagem de apenas três dias à Inglaterra, na qual fez questão de retomar com o primeiro-ministro Tony Blair uma conversa que lhe interessa de perto, o comércio internacional.

Lula revelou ao chefe de governo britânico a proposta de convocação de reunião dos líderes mundiais, com a finalidade de facilitar as negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), que registrou apenas um tímido avanço no encontro realizado em Hong Kong, em dezembro do ano passado.

O momento coincidia com a presença na capital inglesa dos principais negociadores da área de comércio do Brasil, Austrália, Índia, Japão, Estados Unidos e União Européia.

Antes mesmo do encontro na megalópole chinesa, Lula se dizia preocupado com a reduzida margem de avanço no comércio internacional, tendo em vista a rígida posição dos Estados Unidos e União Européia na defesa de sua agricultura, em detrimento do acesso a esses mercados por parte de países emergentes e não industrializados.

O primeiro-ministro Tony Blair partilha a preocupação do presidente brasileiro e, no encontro que ambos tiveram em Londres, assegurou que os benefícios duma rodada dinâmica interessam a todos os países do mundo, e o contexto é propício para que chefes de Estado e governo exibam vontade política para remover obstáculos.

A Rodada Doha teve início em 2001 para promover a abertura de mercados nos países ricos para produtos industriais, agrícolas e serviços dos países em desenvolvimento. O momento é oportuno, pois em 2007 vence o prazo de vigência do fast track, mecanismo que acelera a aprovação pelo Congresso norte-americano dos acordos comerciais negociados pelo presidente George W. Bush.

Nenhuma data foi estipulada, mas Tony Blair assumiu o compromisso de trocar idéias com seus colegas do G7 em busca da melhor oportunidade.

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