Lula diz que ação da polícia e da Justiça deve continuar “doa a quem doer”

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar nesta sexta-feira (18) sobre a Operação Navalha da Polícia Federal, mas ressaltou que a polícia e a Justiça devem continuar agindo, "doa a quem doer".

"Eu não faço comentário de operação de polícia, porque é apenas o começo. Depois da operação da polícia, tem todo um critério de investigação, que um presidente da República, de forma responsável, precisa tomar cuidado ao falar. Eu não posso pré-julgar ninguém nem inocentar", afirmou, depois inaugurar trecho da Ferrovia Norte-Sul em Araguaína, em Tocantins.

A Operação Navalha prendeu ontem (17) organização criminosa que desviava recursos de obras públicas em nove estados e no Distrito Federal. Foram cumpridos 43 dos 46 mandados de prisão.

Entre as pessoas acusadas de participar do esquema estão o assessor do Ministério de Minas e Energia Ivo Almeida Costa, o servidor do Ministério do Planejamento Ernani Soares Gomes Filho (cedido à Câmara dos Deputados), o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB) e o deputado distrital, Pedro Passos (PMDB).

Sobre a suspeita de que a organização estaria fraudando obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente também preferiu não falar sobre o assunto.

"Envolve todas as obras, são nove estados envolvidos. Houve a prisão, tem denúncia, tem escuta telefônica, agora entra no processo. Com muita tranqüilidade, nós temos que deixar que a polícia e a Justiça façam a sua parte, doa a quem doer", finalizou.

Lula segue para Porto Nacional (TO), onde inaugurará usina de biodiesel.

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