Lula dá cartada decisiva ao chamar líderes aliados

Ao chamar os líderes dos partidos aliados para um almoço, hoje, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu uma cartada decisiva e fez um gesto importante para reunificar a base.

Lula atropelou a iniciativa dos aliados, que tinham marcado um almoço num hotel de Brasília, para discutir a difícil relação com o PT, que se recusa a abrir espaço para os outros partidos.

Seria um fato político que acirraria ainda mais os ânimos na base, uma vez que os petistas ficariam de fora do encontro. Mas ele optou por incluir o líder do partido na Câmara Paulo Rocha (PA), e ainda encarregou o líder do governo na Casa Arlindo Chinaglia (PT-SP), de fazer o convite aos deputados do PMDB, PSB, PC do B, PL e PV.

As críticas que os aliados fariam ao PT, numa reunião reservada, serão agora transmitidas sem constrangimento a Lula, só que na presença de Rocha e Chinaglia.

O tom da conversa dos aliados foi decidido num encontro prévio realizado antes de saírem para o Planalto. Eles explicitarão ao presidente o que pensam do PT: a legenda não tem responsabilidade com o projeto de governo de Lula e, além disso, deixa apenas nas mãos dos aliados as questões políticas e assume uma postura dúbia no encaminhamento das dificuldades.

Ao chamar os líderes das siglas aliadas e do PT na Câmara para o almoço no gabinete, Lula procura também a unidade entre os parceiros e se antecipa ao café da manhã que marcou para amanhã (18), que contará com a presença de integrantes da Mesa Diretora da Casa e dos líderes das agremiações de oposição.

Só que os aliados querem que essas reuniões sejam feitas com freqüência e não apenas em momentos de crise.

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