Lula assina primeiro acordo comercial com a Síria

O primeiro acordo do Brasil com a Síria foi firmado na manhã desta quarta-feira. O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse em Damasco que a empresa brasileira Cristalserve, de Ribeirão Preto, fará uma parceria com uma firma local a fim de instalar uma refinaria de açúcar no país. Os investimentos serão de US$ 150 milhões. A empresa brasileira fornecerá os equipamentos para a instalação da unidade e a matéria-prima.

– Existe um potencial de exportarmos US$ 200 milhões de dólares por ano – salientou.

De acordo com Furlan, o presidente sírio, Bashar Al Assad, propôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a Síria sirva de base logística às exportações do Brasil para o Oriente Médio. Atualmente, a participação das vendas para a região não ultrapassa 3% do total.

Depois de chegar às 5h30 (horário de Brasília) à capital Damasco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguiu para o Palácio do Povo, onde teve encontro com o presidente sírio. Lá foram assinados acordos de cooperação em quatro áreas: cultura, esporte, turismo e fitossanitário.

No cultural, está previsto o intercâmbio de artistas e músicos entre os países. Na área esportiva, o Brasil receberá técnicos de futebol da Síria, que querem conhecer um pouco mais das táticas e treinamentos elaborados pelos treinadores brasileiros. No turismo, há a intenção de troca de  informações, com a possibilidade, inclusive, de se viabilizar vôos diretos entre a Síria e o Brasil. ? Vai depender da demanda existente?, afirmou o embaixador brasileiro na Síria, Eduardo Roxo.

Já o acordo fitossanitário visa a uniformizar as regras de exportações de alimentos e produtos agrícolas. Está no rol de produtos as carnes bovinas e de aves.

À tarde, o presidente Lula participa de seminário de negócios, que envolverá empresários sírios e brasileiros.

Também integram a comitiva do presidente os governadores Paulo Hartung (Espírito Santo – PPS), Marconi Perilo (Goiás – PSDB) e Vilma Faria (Rio Grande do Norte – PSB), além de senadores e convidados.

Voltar ao topo