Lula afirma que EUA devem fechar acordo com a OMC em 30 dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, no seu programa semanal de rádio, ‘Café com o Presidente’, que o presidente americano George W. Bush informou a ele que nos próximos 30 dias deverá fechar um acordo com a Organização Mundial de Comércio (OMC) para continuar a Rodada Doha.

"O presidente Bush está disposto a fazer o acordo. Bush disse, na reunião comigo, que nesses próximos 30 dias nós deveremos fechar o acordo. Eu ainda vou ligar esta semana para o Tony Blair, primeiro-ministro da Inglaterra, ainda vou ligar para a chanceler Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, para conversar um pouco sobre o resultado da conversa que eu tive com Bush, para ver se a gente prepara de um lado a União Européia, do outro lado os Estados Unidos e do outro lado os países do G-20, de que o Brasil faz parte. Se fizermos o acordo na Rodada Doha, eu penso que nós estaremos dando um avanço extraordinário para que o mundo mais pobre possa ter uma oportunidade no século 21", disse Lula.

Lula explicou ainda que sua visita a Washington faz parte de uma quase continuidade da visita que o presidente Bush fez ao Brasil. "Eu penso que nós, depois de fazermos uma boa política com a América do Sul, com a América Latina, com a África, com a Ásia e com a União Européia, nós agora estamos estreitando os laços com os Estados Unidos, sobretudo na área de biocombustíveis, que é uma coisa que eu penso que nos próximos 15 ou 20 anos vai mudar um pouco a história da humanidade no que diz respeito à questão de combustíveis".

Segundo Lula, é na área de biocombustíveis que "o Brasil tem tecnologia, tem sabedoria, tem conhecimento, não só porque já temos 30 anos de experiência na produção do álcool, como nós temos agora, sabe, uma boa experiência na produção de biodiesel. Nós, obviamente, precisamos fazer parcerias com países que têm grandes investimentos em pesquisas, como os Estados Unidos. Nós estamos trabalhando com o Japão, nós estamos trabalhando com a União Européia. E também porque nós achamos que os biocombustíveis podem ser a alavanca do desenvolvimento dos países mais pobres do planeta, sobretudo se você pegar a América Central, se você pegar o Caribe e se você pegar a África".

Lula explicou que sentiu muita vontade por parte dos americanos em relação aos programas de etanol e biodiesel. "Eu acho que essa parceria estratégica com os Estados Unidos combina perfeitamente bem com o grau de desenvolvimento que o Brasil quer ter e também combina com uma nova inserção mais forte, mais respeitosa, que o Brasil tem nesse mundo globalizado", afirmou.

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