Em campanha em São Vicente, na Baixada Santista, o candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante foi recepcionado por políticos petistas com um almoço num restaurante em frente à Praia do Gonzaguinha, onde falou de seus projetos, das pesquisas de intenção de voto e da denúncia veiculada em jornal da capital a respeito da gravação de conversas entre dois presos. Ao comentarem sobre os ataques da facção criminosa PCC, eles teriam afirmado que não deveriam atingir políticos do PT e, sim, do PSDB. A partir disso, o Deic resolveu iniciar investigação para apurar eventual ligação entre o PT e a facção criminosa.
Ao ser indagado a respeito, o senador disse estranhar que o fato venha a público somente agora, pois o episódio ocorreu em maio, ocasião em que foram desencadeados os primeiros ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC). "Por que só agora? Pelo que eu li, o caso não foi investigado com rigor. Por que deixar para fazer isso a um mês da eleição, o que me parece mais um factóide", declarou, destacando que tudo deve ser muito bem investigado e apurado. "A responsabilidade pelo PCC só pode ser atribuída aos 12 anos de incompetência do PSDB, porque isso é que permitiu que o crime organizado tomasse conta dos presídios e ameaçasse toda a sociedade, da forma que estamos vendo", argumentou.
Mercadante disse achar mais estranho ainda que o seu adversário, o candidato do PSDB José Serra, tenha feito ilação nesse sentido fato que o levou a fazer uma queixa-crime, que culminou na abertura de um inquérito contra o representante tucano. "Depois da queixa-crime, ele acabou desdizendo tudo, como é de seu costume, razão pela qual insisto na apuração detalhada", completou.
Mercadante também prometeu melhorias no porto de Santos e no pólo industrial de Cubatão para promover o desenvolvimento econômico da região. Ele também disse que pretende criar mais empregos e aproveitar a vocação turística das cidades do litoral de forma mais racional.
O candidato petista também avaliou as pesquisas de intenção de voto, lembrando que quando era candidato a senador, seu nome sempre aparecia com percentual abaixo de um dígito até uma semana antes da eleição. "De forma que não me surpreendo com as pesquisas, que apontam um percentual muito baixo em torno da minha candidatura ao governo, porque já sou um gato escaldado.