Líder dos servidores do INSS diz que greve está perto do fim

 A greve dos servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) está a um passo de terminar. A afirmação é diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Miraci Astum. "Se hoje à tarde a audiência correr como a de ontem com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, tranqüila, um debate sereno, nós estamos perto de chegar a um entendimento geral". A greve completa hoje 71 dias.

De acordo com Miraci Astum, nas últimas audiências, o governo tinha estimado em R$ 140 milhões a reposição para os trabalhadores do INSS. "O governo queria usar esses R$ 140 milhões na gratificação variável, que é a gratificação de desempenho e nós queríamos os R$ 140 milhões numa gratificação fixa que não criasse disparidade entre os ativos e os aposentados e não tivesse essa questão do desempenho", disse.

Nas negociações retomadas ontem, lembra Miraci, o governo propôs R$ 60 milhões para a gratificação fixa e R$ 80 milhões para a Gratificação de Desempenho (GDAS). "Nós propusemos o inverso e acho que chegamos perto de um ponto de equilíbrio". Segundo ela, o secretário Sérgio Mendonça ficou de conversar com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para ver se é possível aceitar proposta da categoria, sendo que a resposta será dada hoje à tarde.

Miraci disse que a possibilidade de corte de ponto dos grevistas, a previsão de retorno ao trabalho e normalização dos serviços, são pontos de um último debate que a categoria vai fazer em assembléia geral. "Até para não contaminar a negociação, nós iniciamos em todas as greves pela pauta de reivindicação e o último ponto é a questão de corte de ponto". Segundo Miraci, o pontop já foi cortado em julho e os grevistas ficaram sem receber o salário em agosto.

Sobre a seguridade social, que envolve servidores da Previdência e Assistência Social, Saúde e Trabalho, e tem a mesma pauta de reivindicações, ontem foi entregue um ofício ao Ministério do Planejamento solicitando a reabertura da proposta que foi apresentada pelo governo no dia 15 de julho e foi rejeitada pela categoria. Essa proposta será remetida para as assembléias de base nos estados para ser avaliada. A proposta envolve o pagamento dos 47,11% de reajuste salarial em seis anos (12 parcelas).

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