Laudo pericial da Polícia Federal, a ser divulgado amanhã (15), encontrou indícios de montagem na lista de Furnas, conforme antecipou hoje o "Blog do Noblat". Feito pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC), o laudo alerta, todavia, que a análise foi feita em cima de uma cópia, pois o autor da denúncia, o lobista mineiro Nilton Monteiro, nunca entregou o original da lista, conforme prometera.
A lista contém os nomes de 156 políticos de vários partidos, entre os quais quase toda a cúpula do PSDB, que teria recebido financiamento de campanha em 2002, com caixa 2 recolhido junto a fornecedores da estatal. O dinheiro seria desviado do superfaturamento de obras públicas e, conforme Nilton, o operador do esquema seria o ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, que nega a acusação. Nilton será convocado para se explicar e poderá ser processado por denunciação caluniosa se não comprovar suas acusações.
Por meio de sua assessoria, Dimas informou nunca ter dúvida sobre a falsidade da lista. "Nunca operei qualquer esquema de cobrança de pedágio junto a construtoras e empresas que prestavam serviços a Furnas", garantiu o ex-diretor. Ele disse também que não conhece nem jamais teve contato com Nilton.
Independente da falsidade ou não da lista, a PF informou que continuará investigando suspeitas de corrupção, caixa 2 e desvio de dinheiro público em Furnas, uma das estatais suspeitas de terem sido usadas na formação de fundos do mensalão. A expectativa do inquérito reside no momento nas auditorias realizadas nos contratos da estatal com fornecedores pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).


