A União Européia (UE) recorreu ao diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, para que escolha os árbitros para julgar as barreiras existentes no Brasil no setor de pneus. Bruxelas entrou com uma queixa contra as leis brasileiras que impedem as importações de pneus recauchutados. Mas sem conseguir entrar em acordo com o Itamaraty sobre quem seriam os três árbitros, a UE optou por pedir que Lamy interferisse no processo.
Os europeus acreditam que o Brasil está discriminando os produtos da UE ao impedir que entrem no mercado nacional. Para Bruxelas, essa discriminação é ainda mais evidente diante da autorização que os demais países do Mercosul tem para exportar pneus recauchutados para o mercado brasileiro.
Já Brasília usa argumentos ambientais para justificar as medidas Para o governo, as leis servem para impedir que pneus usados sejam despejados no País, criando um problema ambiental. Lamy terá agora dez dias para escolher os árbitros da disputa, que então avaliarão a lei brasileira e definirão se os europeus tem ou não razão de se queixarem contra o País.