Laboratório da Unioeste fará controle da qualidade de genéricos

As obras para a construção do laboratório da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste-Lefivel), que integra a Rede Paranaense de Equivalência e Bioequivalência de Medicamentos, programa do governo estadual, deverão ser entregues em maio de 2007. O governador em exercício Hermas Brandão autorizou, nesta semana, a compra de equipamento científico no valor de R$ 112 mil. O objetivo final da rede é oferecer à população medicamentos de alta qualidade, treinar profissionais nas universidades públicas do Paraná e fazer pesquisa científica.

A expansão da indústria farmacêutica no Paraná é outro objetivo esperado com a sua implantação. As universidades estaduais de Londrina (UEL) e de Maringá (UEM) também fazem parte dessa rede, que é coordenada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e conta com recursos da ordem de R$ 4,5 milhões do Fundo Paraná – gerenciado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

As universidades estaduais que integram a rede farão a análise do medicamento genérico e do medicamento de referência quanto às suas características físico-químicas (equivalência) e estudarão o comportamento dos mesmos no organismo humano (bioequivalência).

Controle de qualidade

O Lefivel funcionará como um centro de prestação de serviços na área de controle de qualidade de medicamentos e de registro obrigatório de genéricos e similares, e estará sob orientação dos professores Élcio José Bunhak, Helena Teru Takahashi, Eduardo Borges de Melo e Ralpho Rinaldo dos Reis.

Segundo o coordenador do curso de Farmácia da instituição, professor Marco Antônio Costa, o laboratório também terá a função de promover a pesquisa científica na área da saúde. ?Trata-se de um investimento importante para os mestrados que serão implantados futuramente?, disse ainda. 

Já as universidades estaduais de Londrina e de Maringá deverão desempenhar outras atividades. A UEM, por exemplo, deverá realizar testes com medicamentos em voluntários, em clínica específica para isso. Eles deverão ser monitorados durante três meses aproximadamente, em um centro próprio de bioequivalência, constituído de três laboratórios (de análises clínicas, bioanalítico e de medicamentos e de estatística).

Com essa nova função, a universidade espera também multiplicar o número de especialistas na área, incentivando-os a se fixar na região, bem como atender a indústria de medicamentos do norte do Paraná e do país. As pequenas e médias empresas que queiram se instalar no Estado também poderão receber orientação quanto às boas práticas de fabricação de medicamentos, conforme as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Os recursos do Fundo Paraná para essa instituição somam R$ 1,7 milhão.

Quanto à UEL, e conforme projeto aprovado junto à Unidade Gestora do Fundo Paraná, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, seu papel, dentro da rede, será prestar serviços especializados a partir do Centro de Controle de Qualidade e Estudos de Equivalência de Medicamentos, ?inserir o Paraná, de modo competitivo, no ramo de indústrias farmacêuticas? e ?oferecer infra-estrutura de apoio capaz de gerar empregos diretos e indiretos no Estado?. Para essa instituição, foram destinados R$ 516 mil do Fundo Paraná.

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