Nova York (EUA) – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, saudou nesta segunda-feira (14) o fim das hostilidades no Líbano e pediu que os países que podem contribuir para a força internacional se pronunciem rapidamente, para que a situação seja consolidada.
"Estou aliviado por constatar que o fim das hostilidades no Líbano pedida pelo Conselho de Segurança parece estar sendo respeitada", declarou Annan num comunicado.
O secretário-geral da ONU apela a Israel e ao Líbano que ?não poupem esforços na manutenção e consolidação de um cessar-fogo duradouro? e aos países que podem contribuir para uma Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano, na sigla em inglês) reforçada que "se empenhem ativamente em assumir o seu papel" na resolução deste conflito.
A resolução 1701 das Nações Unidas, que estabelece as bases do cessar-fogo em vigor desde 8h de hoje (2h da madrugada em Brasília), prevê o envio para o sul do Líbano de um contingente de 15 mil soldados libaneses e outros 15 mil militares da ONU, que assumirão o controle do terreno e permitirão a retirada das forças de Israel. A Unifil permanece no país desde o fim da guerra de 1982, mas tem apenas 1,99 mil militares.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que os Estados Unidos também comemoram o aparente cessar-fogo, mas pediram a Israel e ao Hizbollah que fossem prudentes para que o conflito não recomece, especialmente no que se refere ao grupo armado libanês.
"Desde o cessar-fogo desta manhã, não houve qualquer ataque com mísseis nem qualquer movimento defensivo. Houve apenas dois conflitos menores entre forças israelenses e do Hizbollah", disse o porta-voz dos EUA, referindo-se a incidentes ocorridos ao longo do dia, que resultaram na morte de quatro membros da milícia libanesa. Snow considerou, no entanto, ser "provavelmente prematuro" concluir que existe de fato um cessar-fogo, já que a trégua começou há pouco tempo.
A polícia libanesa indicou que o exército de Israel se retirou dos subúrbios do sul de Beirute. Mas se mantém nas posições tomadas no sul do Líbano, numa faixa de cerca de 30 quilômetros ao longo da fronteira. O governo israelense informa que só abandonará a área depois da chegada das forças libanesa e internacional. (Da Agência Lusa)