Manaus – A Justiça Federal prorrogou por mais cinco dias, a contar desta quarta-feira (16), a prisão temporária de 20 dos 32 detidos pela Operação Saúva, deflagrada na última sexta-feira (11). A  Polícia Federal já liberou 11 dos detidos, embora seis continuem presos no Comando Militar da Amazônia (CMA).

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Os oficiais do Exército detidos obtiveram liberdade da Justiça Federal, mas continuam presos, porque a Justiça Militar decretou sua prisão preventiva. Já o capitão Ilídio José Quintas Fernandes ainda cumpre o prazo da primeira prisão temporária decretada pela Justiça Federal, porque se entregou à Polícia Federal apenas no domingo (13).

Entre os indiciados que tiveram a prisão temporária prorrogada está o empresário apontado como líder do esquema criminoso, Cristiano Cordeiro. Além dele, continuam detidos o secretário executivo da Secretaria Estadual da Fazenda, Afonso Lobo Moraes, o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Amazonas, Juscelino de Souza Moura, e o assessor do vice-governador do Amazonas Manoel Paulino Costa Filho.

"Essas pessoas voltarão a ser interrogadas pelos delegados federais", explicou a assistente de comunicação da Polícia Federal, Eva Miranda. "Se elas citarem outros envolvidos no esquema, eles também serão chamados a prestar depoimento".

A Operação Saúva, uma ação conjunta da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal, revelou uma quadrilha que fraudava licitações para aquisição de alimentos – superfaturando preços, por meio da abertura de empresas fantasmas, e fornecendo produtos vencidos.  As compras investigadas somaram R$ 126 milhões, no período de um ano – e envolveram as esferas federal (Conab e Exército Brasileiro), estadual (governo do Amazonas) e municipal (prefeituras de Manaus e de Presidente Figueiredo, no Amazonas.

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