O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro César Asfor Rocha, afirmou hoje (3) que a justiça eleitoral estará mais atenta ao financiamento ilegal de campanha nas próximas eleições gerais em que serão escolhidos o Presidente da República, governadores estaduais, senadores e deputados.
O ministro, que participou do lançamento da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, disse ser difícil acabar com o crime por se tratar de uma atividade "feita na penumbra e de forma disfarçada". "Mesmo com toda a dificuldade que possa haver, hoje a justiça eleitoral está, muito mais do que antes, atenta à necessidade de combater o caixa 2", disse, referindo-se ao financiamento.
"Não se pode garantir que será eliminada a utilização de caixa 2, mas o que se pode assegurar é que a justiça eleitoral vai se dedicar à fiscalização dos gastos de campanha e todos aqueles que praticarem correrão risco. Se já corriam antes, agora mais ainda. Todas as instituições nacionais estão atentas à utilização de caixa 2", assegurou Rocha.
O corregedor fez um alerta aos partido que pretendem realizar grandes eventos durante o período de campanha. "Não adianta mais querer fazer aquelas produções cinematográficas nas campanhas publicitárias, nos programas partidários gratuitos, nem mesmo utilizar para passar a mensagem dos candidatos os showmícios mirabolantes, porque ninguém vai hoje entender que essas práticas sejam feitas com recursos tão escassos, pequenos", finalizou César Rocha.
