Por determinação da juíza corregedora Wanda Sancti Cardoso, a Justiça do Trabalho do Paraná voltou a realizar audiências ontem. Porém, os funcionários, que iniciaram greve contra o projeto de reforma da Previdência no último dia oito de julho, continuam de braços cruzados.
A paralisação dos servidores é por tempo indeterminado. “Não temos intenção de voltar ao trabalho enquanto algumas partes do texto da reforma da Previdência não forem alterados. Apesar das audiências, não está havendo atendimento ao público na Justiça do Trabalho”, comenta o coordenador de finanças do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Paraná, Douglas Molina Monteiro.
Os trabalhadores também não concordam com o retorno das audiências. “Acreditamos que os transtornos causados à população pela não realização de audiências possam ser revertidos. Já os efeitos da reforma previdenciária, se aprovada do jeito que está sendo proposta, não”, argumenta o sindicalista.
DRT
Voltam a funcionar normalmente hoje, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), os serviços de fornecimento de carteiras de trabalho, recursos ao seguro-desemprego, registro profissional, mesa de mediação e homologação de convenções. A decisão de retomar o atendimento ao público foi tomada ontem, durante assembléia da Associação dos Servidores da Delegacia Regional do Trabalho no Paraná (Assemit), que acompanhava a greve nacional dos servidores públicos federais. A Assemit reúne os servidores administrativos do quadro próprio da DRT.