Juro futuro sobe, mas humor externo pode impor queda

Depois de vários dias de quedas sucessivas nas taxas futuras dos depósitos interfinanceiros (DIs), o mercado de juros pode fazer uma parada técnica na abertura dos negócios nesta segunda. As taxas mostram ligeira alta no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), especialmente nos contratos de curto prazo, que caíram com muita força na sexta-feira passada. Mas, dizem operadores, diante do ambiente externo tranqüilo e do dólar em queda, pode ser que o fôlego para essa correção se esgote em algum momento.

A notícia veiculada no final de semana, de que o governo deve determinar a redução dos depósitos compulsórios, com o objetivo de permitir o alívio dos juros dos empréstimos bancários, está sendo comentada nas mesas de operação. Ainda não se trata de uma informação oficial. Mas o tema vem rondando há algum tempo e está sendo discutido hoje pelos profissionais.

Há operadores considerando que a redução do recolhimento compulsório pode jogar "água fria na fervura" dos que apostam no corte de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic. "Reduzir compulsório pode ser uma alternativa à queda da Selic, porque tem o mesmo efeito de estímulo sobre a atividade", define um operador. "O Banco Central não faria tudo ao mesmo tempo", acrescenta.

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