O dado do dia, o número de vagas de trabalho criadas em julho nos EUA (payroll), veio abaixo das previsões do mercado, confirmando o quadro de desaceleração da atividade econômica naquele país e reforçando a hipótese de pausa no ciclo de alta do juro norte-americano. Os mercados reagem, com alta nos futuros das Bolsas em Nova York, e forte valorização também nas Bolsas européias. Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA recuam. Os contratos de Fed Funds apontam somente 15% de chance de alta do juro norte-americano (ontem a chance era de 42%).
Já os números da produção industrial brasileira de junho vieram abaixo das previsões do mercado e indicaram desaceleração mais forte do que a esperada no ritmo da indústria. A produção industrial caiu 1,7% em junho, em relação a maio, abaixo da previsão mais pessimista (as projeções oscilavam entre queda de 1,2% e alta de 0,10%, com mediana de queda de 0,45%).
Na comparação com junho do ano passado, a produção industrial também caiu (-0,06%), quando as previsões de mercado variavam de zero e alta de 2,8%, com mediana de alta de 1,5%. Também na média móvel trimestral, a produção industrial teve leve queda, de -0,1%.
Todas as categorias tiveram queda em junho, ante maio, informou o IBGE. E a produção de bens de capital caiu também nas duas bases de comparação: -1% em junho, ante maio, e -2% ante junho do ano passado.
Analistas dizem que os números da produção industrial divulgados hoje devem provocar correções, para baixo, nas perspectivas de crescimento do PIB no segundo trimestre e, em conseqüência, no primeiro semestre.


