Juro abre em baixa; venda no varejo pode segurar queda

Os dados de vendas no varejo do mês de outubro, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), provocou um sentimento de alívio na análise sobre o desempenho da economia brasileira no último trimestre do ano. Houve crescimento de 0,51% nas vendas varejistas, superior ao previsto por especialistas. Em relação a outubro de 2005 houve expansão de 6,95%, também dentro do esperado.

O resultado, segundo profissionais, é considerado positivo, porque diminui a preocupação com a recuperação econômica. E, nesse sentido, pode frear uma melhora adicional dos juros. "O resultado está longe de estressar o mercado, porque não sugere nenhum tipo de pressão para inflação, mas pode segurar a continuidade da queda das taxas que vem ocorrendo nos últimos dias", diz um operador, observando que as taxas futuras desaceleraram a baixa após a divulgação do indicador.

Às 10h17, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008 – o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) – projetava taxa de 12,48% ao ano. No dia anterior, este mesmo contrato fechou a 12,52% ao ano.

Após a correção ao dado do IBGE, o mercado deverá operar sem uma definição, aguardando aquele que é, sem dúvida, o principal indicador do dia: o CPI, índice de preços ao consumidor, nos Estados Unidos. A previsão para o indicador é de alta de +0,2% em novembro e, para o núcleo do índice, que exclui os preços de energia e alimentos, é +0,2%.

Caso o CPI venha melhor do que o previsto e o mercado internacional fora reagir positivamente, é provável que os negócios aqui também acompanhem a melhora. Caso contrário, os juros devem manter-se próximos ao nível atual, na opinião de operadores.

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