Júri condena mulher a 19 anos por incêndio de ônibus

Reconhecida por duas testemunhas de acusação como a mulher que fez sinal para que o ônibus 350 parasse, antes de ser incendiado em Brás de Pina (zona norte), em novembro do ano passado, Sheila Messias Nogueira foi condenada ontem a 19 anos e nove meses de prisão. Ela também teria impedido os passageiros de sair do ônibus. Cinco pessoas, entre elas um bebê, morreram no incêndio. Dezesseis passageiros ficaram feridos. Sheila foi acusada pelo Ministério Público pelos cinco homicídios e 16 tentativas de homicídio.

O julgamento de Sheila, o terceiro relacionado ao caso, começou às 11h30 de ontem, com duas horas e meia de atraso, no 2.º Tribunal do Júri da Capital, e só terminou depois das 23 horas. Comparada aos demais acusados, Sheila recebeu uma pena leve. No mês passado, o traficante Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde e o líder comunitário Alberto Maia da Silva foram condenados, respectivamente, a 444 anos e seis meses e a 309 anos e cinco meses de reclusão pelo mesmo crime. Lorde foi acusado de ser o mandante do crime e Silva de ter comprado a gasolina usada pelos bandidos.

Ao ser interrogada ontem, Sheila optou pelo silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta. Em seguida, foi reconhecida pelas duas testemunhas como a mulher que fez sinal para o ônibus parar e invadiu o coletivo. Elas disseram que Sheila era uma das pessoas mais exaltadas durante a ação dos criminosos. Uma testemunha da defesa não compareceu. Sheila foi representada pelo defensor público Marcelo Machado da Fonseca. Pela acusação atuou o promotor de Justiça Ricardo Abdenur. O presidente do júri foi o juiz Luiz Noronha Dantas.

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