Júnior ainda luta para voltar à seleção

Há pouco menos de três anos, o lateral-esquerdo Júnior vivia o melhor momento da carreira. Reserva de Roberto Carlos – que considera o melhor do mundo na posição – na conquista da Copa do Mundo da Coréia e do Japão, em 2002, ele garante que jamais esquecerá os momentos vividos sob o comando de Luiz Felipe Scolari. E, aos 31 anos – completará 32 no dia 20 -, o jogador do São Paulo ainda acredita que tem chances de voltar à seleção brasileira.

"Respeito o Parreira, mas não acho que os jogadores chamados por ele têm mais qualidade do que eu", afirma Júnior.

Dos sete jogos da campanha vitoriosa na Copa, Júnior só entrou em campo – atuou os 90 minutos – na goleada por 5 a 2 sobre a Costa Rica, na qual marcou o quinto e último gol da seleção, aos 19 minutos do segundo tempo. O lance não lhe sai da cabeça. "O Edmílson recebeu, partiu para o ataque e me lançou. Eu tive a felicidade de dominar bem a bola e tocar na saída do goleiro", descreve. "Só de fazer parte do grupo é muito bom. Ter a chance de jogar e fazer um gol numa Copa do Mundo é maravilhoso", revela Júnior.

Atualmente no São Paulo, Júnior também não consegue esquecer os momentos de felicidade vividos com o grupo da seleção na Copa. "A alegria era nossa motivação e foi uma das coisas que nos ajudou a conquistar o título", conta. "O pagode rolava solto, sempre: na concentração, no ônibus, a caminho para o estádio."

Para o lateral, a única ameaça ao Brasil ocorreu no duelo contra a Bélgica – vitória por 2 a 0 -, nas oitavas-de-final da Copa. "Eles complicaram muito o jogo, atuaram muito bem. Sabíamos que só poderíamos ganhar com uma jogada individual", revela. "Felizmente o Rivaldo abriu o placar com aquele bonito gol e conseguimos vencer."

Com boas passagens por Palmeiras e Parma, da Itália – pelo qual foi campeão da Copa da Itália -, Júnior não se cansa de elogiar Roberto Carlos e diz que aprendeu muito com o companheiro, durante a Copa do Mundo. "Não há ninguém igual a ele na nossa posição", opina. "Ficar na reserva do Roberto Carlos é espetacular. Aprendi a pensar mais taticamente e a marcar melhor, ele tem grande visão de jogo."

Por tudo o que já conquistou, Júnior se considera realizado. "Quando comecei minha carreira no Vitória, nem passava pela cabeça ser campeão do mundo. Mas tive a chance de conquistar títulos e dar conforto para minha família", diz, com esperança de voltar para a seleção. "Estou tranqüilo, porque sempre que tive a chance de vestir a camisa amarela, joguei bem."

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