Jungamann diz que não há mais entrave para criar CPMI das ambulâncias

Está nas mãos do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o destino da criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a possível participação de deputados e senadores na compra superfaturada de ambulâncias por meio de emendas ao Orçamento Geral da União. A operação chamada Sanguessuga foi deflagrada pela Policia Federal.

Segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), agora que não há nenhum entrave regimental, o presidente do Congresso precisaria instalar a CPI até quinta-feira (8). Caso contrário, os partidos ingressarão com o pedido no Supremo. "Se até quinta-feira não acontecer a leitura da CPI, o mandado de segurança será inevitável", disse o deputado.

Na última quinta-feira (1º), lideranças do PV, PPS e PSOL protocolaram na Secretaria Geral do Senado um novo pedido de abertura de uma CPI mista. O novo requerimento tem assinatura de 230 deputados federais e 30 senadores. Pelo regimento do Congresso, o mínimo de assinaturas necessárias para conseguir uma CPI é de 171 deputados e 27 senadores.

O novo requerimento foi uma exigência de Renan Calheiros. Em sessão realizada na terça-feira (30), o senador alegou que o pedido anterior não obedecia às normas regimentais ao classificar as assinaturas como de "apoiadores" e não de "signatários".

Na última semana, o senador disse que uma investigação política tem sentido quando os fatos não estão sendo apurados. "Quando estão sendo investigadas, quando está em fase de conclusão, o mais rápido, o mais célere, o que atende mais a sociedade e a instituição é aguardar a conclusão e trabalhar no sentido de punir os culpados", disse. Ele deverá reunir os líderes para analisar o novo requerimento.

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