“É bom lembrar que quando assumimos o governo os juros estavam em 25%. Subimos para 26,5%, e agora estamos em 17,5%”, disse. Segundo Dirceu, o principal entrave para o desenvolvimento do país é o endividamento externo e interno. “A dívida interna é mais grave, já que o serviço dessa dívida custa 10% do Produto Interno Bruto do país, devido à elevada taxa de juros real, que mesmo sendo de 9,5%, ainda é alta para essa dívida”, afirmou.
José Dirceu declarou que, nesse primeiro ano, o governo se dedicou a reorganizar o marco regulatório para permitir a retomada dos investimentos. “Vivemos uma situação completamente absurda. Ao mesmo tempo que precisamos de investimentos em infra-estrutura no país, não temos regras claras, não temos marcos jurídicos claros”. Ele destacou que os investimentos em infra-estrutura serão feitos por meio de parcerias entre o governo e a iniciativa privada. “Não estamos pensando em voltar ao passado e fazer o Estado investir como foi nas décadas de 60 e 70. Isso seria um erro”, completou.
O ministro participou, hoje pela manhã, do projeto Fóruns do Planalto, destinado aos funcionários da Presidência da República. Durante cerca de uma hora, José Dirceu fez uma explanação das ações do governo neste primeiro ano e respondeu a perguntas dos participantes.
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