José Dirceu ganha direito de resposta contra Serra

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) puniu hoje o candidato da Grande Aliança (PSDB-PMDB) à Presidência da República, José Serra, pelos supostos ataques praticados na semana passada contra o PT. O ministro Caputo Bastos, do TSE, entendeu que o presidente nacional do PT, deputado federal José Dirceu (SP), tem o direito de se defender da propaganda que sugeriu que ele teria sido responsável pelas agressões físicas praticadas há dois anos por grevistas contra o então governador de São Paulo, Mário Covas.

Mas, por enquanto, a pedido do PSDB, José Dirceu não poderá usar esse direito de resposta. Os advogados de Serra pediram e conseguiram que o TSE determinasse que o despacho somente seja cumprido após o plenário do tribunal, que é composto por sete ministros, decidir o recurso encaminhado por eles. Pela decisão de Caputo, José Dirceu poderá usar 1 minuto e 33 segundos de um dos programas vespertinos de Serra e tempo igual na propaganda noturna para se defender das alegadas ofensas sofridas por ele.

Na semana passada, Caputo já havia proibido Serra de voltar a veicular a propaganda. “Nós vamos dar essa resposta: mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua, e vamos derrotar eles nas ruas também, porque eles têm que apanhar na rua e nas urnas”, disse José Dirceu a grevistas, na primeira cena mostrada na propaganda de Serra. Em seguida, um locutor informava que uma semana após José Dirceu foi atendido: Mario Covas foi agredido.

Ao encaminhar a ação ao TSE, o advogado de Lula, José Antônio Dias Toffoli, sustentou que a edição do programa de Serra era “patética e carregada de crueldade”. “Utilizar imagens do governador Mário Covas machucado, com a intenção de comover e sensibilizar os telespectadores, para fazer uma associação criminosa entre dois fatos completamente distintos”, alegou o advogado.

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