Irã não suspende programa, mas quer negociar

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, insistiu neste domingo, dia em que o país comemora o 28º aniversário da Revolução Islâmica, que Teerã não suspenderá seu programa de enriquecimento de urânio, mas que está disposto a continuar "incondicionalmente" o diálogo com a comunidade internacional.

"Não aceitamos as condições impossíveis de serem cumpridas, e não suspenderemos nossas atividades", disse Ahmadinejad em discurso pronunciado diante de dezenas de milhares de iranianos no aniversário da revolução que em 1979 derrubou o regime monárquico.

As declarações foram feitas a poucos dias do termino de um ultimato dado pelo Conselho de Segurança da ONU para que o Irã suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio. Já alvo de uma resolução da instância máxima da comunidade internacional, Teerã poderá ser submetido a novas sanções caso não cumpra o prazo.

Entretanto, as declarações deste domingo e a colocação em funcionamento, na semana passada, de 3 mil novas centrífugas para enriquecer o material nuclear são sinais de que a República Islâmica dificilmente cumprirá as demandas da ONU.

"Em 11 de fevereiro de 2007 a nação iraniana sobrepôs os passos mais difíceis e estabilizou seu direto (nuclear)", disse Ahmadinejad.

Apesar do tom desafiador, o presidente insistiu que seu país está pronto para o diálogo e que trabalhará dentro dos limites impostos pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear – acordo que proíbe a produção de armamentos atômicos.

Ahmadinejad também afirmou que Teerã anunciará até o dia 9 de abril "novos avanços" em suas atividades nucleares. Ele não deu informações detalhadas sobre o que será o novo avanço. A data marca um ano desde que o Irã anunciou ter enriquecido pequenas quantidades de urânio pela primeira vez.

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