IPCA-15 de Curitiba foi o segundo menor do País

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu para 2,19% em fevereiro ante 1,98% registrado em janeiro. A alta (nacional) foi pressionada principalmente pelos reajustes nos ônibus urbanos, combustíveis e mensalidades escolares. A informação foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou próxima ao teto das previsões do mercado (2,25%) e elevou as estimativas para o IPCA, que é o índice utilizado pelo Banco Central para acompanhamento do sistema de metas de inflação.

Curitiba registrou alta de 1,64% no IPCA-15 de fevereiro, divulgado ontem pelo IBGE. Foi a segunda menor taxa do País, atrás de Recife (1,12%). O IPCA-15 mede o custo de vida para famílias com rendimento entre um e quarenta salários mínimos, usando a mesma metodologia do IPCA. A única diferença é o período de coleta de preços. As informações para o IPCA-15 de fevereiro se referem ao período de 15 de janeiro a 12 de fevereiro, comparadas com os preços vigentes de 10 de dezembro a 14 de janeiro.

O índice mais alto entre as onze regiões pesquisadas foi o de Salvador (2,64%), seguido de Rio de Janeiro (2,54%), Brasília e Goiânia (2,51%), São Paulo (2,37%), Belo Horizonte (1,93%), Belém (1,86%) e Porto Alegre (1,80%). O crescimento da taxa nacional foi determinado basicamente pelos reajustes ocorridos nas tarifas de ônibus urbano (de 2,23% para 8,06%) e intermunicipais (de 1,89% para 9,57%); nos preços da gasolina (de 3,13% para 6,64%) e álcool (de 1,28% para 9,47%); e nas mensalidades escolares (de 0,57% para 6,59%), com aumentos típicos de início de ano. Esses itens foram responsáveis por pouco mais da metade do índice do mês (1,15 ponto percentual).

Por outro lado, os alimentos subiram menos (de 2,74% para 1,47%). A maioria dos itens teve variação inferior à de janeiro, como o feijão carioca (de 18,17% para 5,24%), ovos (de 9,84% para 2,99%), óleo de soja (de 4,53% para 0,91%) e frango (de 3,95% para 0,74%). Houve queda de preços na farinha de trigo (de -0,37% para -3,40%) e no feijão preto (de 0,35% para -1,77%). Outros itens de consumo importantes também apresentaram redução de um mês para o outro: cigarro (de 10,21% para zero), remédios (de 5,06% para 0,46%), gás de cozinha (de 4,39% para 0,17%) e vestuário (de 1,03% para 0,21%).

Curitiba

O índice de Curitiba ficou entre os menores porque não incluiu o reajuste de 13,33% na tarifa de ônibus urbano, em vigor desde o dia 23. A alta da tarifa vai contribuir positivamente no IPCA de fevereiro, mas como ocorreu no final do mês, o impacto maior será na inflação de março. Apesar da elevação dos combustíveis (8,13%) ter ficado um pouco acima do registrado no País (7,21%), o grupo transporte teve variação de 2,13%, contra 4,75% no Brasil.

Já o incremento no grupo alimentos e bebidas (1,61%) superou a média nacional (1,47%), o mesmo ocorrendo em educação (8,08% contra 5,98%) e vestuário (0,42% sobre 0,21%). Porém a redução de 5,78% no preço do gás de cozinha em Curitiba deixou a variação de habitação em 0,12% – ante 1,18% no nacional. No grupo comunicação, o resultado da capital paranaense (0,45%) também ficou bem abaixo da média brasileira (1,37%). Em saúde e cuidados pessoais, o índice de Curitiba (1,76%) foi inferior ao do País (1,87%), mesma situação verificada em saúde e cuidados pessoais (0,66% contra 0,79%).

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