O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que o aprofundamento das investigações sobre a participação do empresário Marcos Valério de Souza na campanha do então candidato à reeleição no governo de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), dependerá do depoimento do tesoureiro de Azeredo na época, Cláudio Roberto Mourão da Silveira.

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"Queremos terminar os trabalhos em novembro. Não podemos dispersar as investigações. O que disser respeito ao Marcos Valério, vamos pegar pesado, mas não estamos aqui para investigar eleições", disse Serraglio, nesta terça-feira. "Mourão vai ser ouvido por uma subcomissão da CPMI e, dependendo do que ele fale, é que vamos aprofundar ou não". O depoimento ainda não tem data marcada.

Sobre o nome de Azeredo, que é presidente nacional do PSDB, não ter sido incluído na lista dos 18 parlamentares, citados no relatório parcial, Serraglio diz ter feito "um corte", para pegar os que atuaram efetivamente durante o mandato parlamentar e podem ter seus mandatos cassados. "Eu não estava protegendo o Azeredo. Fiz um ponto de corte. O que eventualmente a CPI vier a ter sobre a participação do senador Eduardo Azeredo no esquema de Marcos Valério, poderá ser citado em um outro relatório parcial".

Segundo o relator, foi o próprio Valério quem informou que teria atuado na campanha de Azeredo. "Não se pode perder o foco num momento em que a CPI está sendo criticada principalmente por conta disso".

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