Walter Fernandes / O Diário do Norte

Durante os dois dias de ocupação, houve prejuízo decorrente de danos materiais e da perda de receita devido à liberação da cobrança de pedágio aos usuários.

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A invasão do Movimento dos Sem Terra (MST) em 25 das 27 praças de pedágio do Paraná entre terça-feira e ontem gerou prejuízo de R$ 3,166 milhões, segundo cálculos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O montante inclui desde danos materiais até a perda de receita devido à liberação da cobrança de pedágio aos usuários durante os dois dias de ocupação.

As seis concessionárias de rodovias do Paraná – Econorte, Viapar Rodovia das Cataratas, Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia – devem levar o levantamento ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), para que entre no cálculo do reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, com possível reflexo no reajuste anual das tarifas ou no programa de investimentos.

O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR-PR), João Chiminazzo Neto, entende que as praças de pedágio se tornaram alvo do MST devido à "complacência" do governo do Paraná com relação às invasões, já que em casos anteriores houve até desobediência a ordens judiciais de desocupação.

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Em nota, Chiminazzo lamentou o novo episódio envolvendo o MST. Desde 2003, quando o atual governador, Roberto Requião (PMDB) foi eleito para seu primeiro mandato, com o mote "pedágio: baixa ou acaba", as praças foram invadidas sete vezes pelo MST.