Integrantes do CDES defendem apuração das denúncias

Os integrantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) apresentaram, nesta quinta-feira, um manifesto em defesa de uma "rigorosa" apuração das denúncias de corrupção no país.

Segundo eles, "somente com essa providência urgente a sociedade brasileira terá a percepção clara de que a impunidade não prevalecerá". O documento, que foi lido pelo conselheiro Waldemar Verdi, durante a 13ª reunião do Conselho, será examinado no próximo encontro, previsto para acontecer daqui a dois meses. O manifesto foi lido na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Eles também pedem ao parlamentares que, paralelamente às investigações em andamento, retomem o ritmo normal de funcionamento do Congresso. "Desta forma, uma vez mais, o Congresso Nacional demonstrará que, principalmente nos momentos cruciais, coloca o interesse do país acima das questões partidárias e pessoais dos seus integrantes", diz trecho do manifesto.

Eles ressaltam, ainda, que se os trabalhos no Legislativo funcionarem em ritmo normal, "ficará demonstrado que o Brasil é maior do que a crise política, que as nossas instituições estão em pleno funcionamento democrático e que assim não interromperemos o nosso desenvolvimento social e econômico".

Os conselheiros recomendam ao presidente Lula e aos presidentes da Câmara, Severino Cavalcante (PP-PE), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que "comandem pessoalmente, junto às legítimas representações políticas do povo brasileiro, a aprovação de uma reforma política consistente e democraticamente debatida". Eles destacam a importância dessa reforma política ser aprovada ainda neste ano para entrar em vigor nas próximas eleições, em 2006.

"Apenas desta forma o povo brasileiro estará seguro que não se repetirão as irregularidades recentemente apontadas e que a condução dos destinos do Brasil não estará sujeita a composições indesejáveis nos aspectos éticos e morais".

No final do documento, os conselheiros dizem estar convictos de que "mais uma vez o Brasil superará essa dificuldade momentânea, mantendo coesa a sociedade civil e revigorando ainda mais a sua democracia".

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social tem como função assessorar o presidente da República na formulação de políticas e é formado por 12 representantes do governo federal e 90 integrantes da sociedade civil.

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