Indústria e serviços terão resultados melhores, diz Furlan

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje que o Brasil caminha para um crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. “A economia brasileira vem num regime de crescimento gradativo e, como todos os indicativos mostram que o terceiro trimestre no campo da indústria e também dos serviços será melhor do que o segundo, nós certamente estamos a caminho de um crescimento de 5% este ano”, afirmou.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que o PIB ? conjunto de todas as riquezas produzidas no país – teve um crescimento de 4,2% nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com igual período de 2003. Essa foi a maior taxa de crescimento do PIB desde o primeiro semestre de 2000. Para o ministro, os números anunciados “estão dentro do esperado”.

Furlan disse que, para manter esse crescimento, são necessários investimentos em infra-estrutura. “Os investimentos em infra-estrutura, a remoção de gargalos nos portos, os estímulos a investimentos no setor produtivo, tudo isso tem que ser feito em caráter de urgência uma vez que nós estamos tendo visivelmente um crescimento da demanda”, afirmou.

Segundo o ministro, as importações neste mês baterão recorde histórico, com crescimento acima de 40% em relação a agosto do ano passado. “Tudo isso mostra que há uma demanda interna crescente de matérias primas, de bens de capital e mesmo de produtos de consumo e que precisará ser atendida com o aumento de oferta”, disse.

Furlan ressaltou que, mesmo com o efeito externo sobre preços internacionais, como o do petróleo e do aço, a inflação do Brasil tem se mantido estável. “O problema da inflação brasileira não está ligado diretamente aos preços internos de mercado livre, está ligado ao aumento de tarifas, a preços externos e até ao aumento temporário de carga tributária, que acaba indo para os preços”, afirmou.

Segundo Furlan, está provado que mesmo com a taxa de juros atual a economia brasileira pode consolidar uma plataforma de crescimento. “Acho que o ideal seria que não houvesse aumento de juros no segundo semestre e que nós estimulássemos o aumento dos investimentos para disponibilizar mais produtos e, com isso, ter um choque de oferta positivo que inibiria qualquer tipo de aumento de preços de caráter especulativo”, destacou.

Voltar ao topo