Inadimplência subiu 1% no 1º semestre, mas Serasa aponta queda

A inadimplência do consumidor brasileiro subiu 1% entre janeiro e junho de 2004, em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação do primeiro semestre de 2003 com igual período de 2002, a inadimplência de pessoa física havia aumentado 5,3%. Os dados, que indicam desaceleração foram divulgados hoje pela Serasa, por meio de um indicador que contempla registros de cheques devolvidos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras.

Em linha com as mais recentes interpretações da Serasa, os técnicos da empresa apontam que os consumidores têm optado pela contratação de crédito pessoal para a complementar a renda familiar e, assim, pagar as dívidas. O destaque nesses empréstimos é para as operações consignadas em folha de pagamento, cujas taxas situam-se próximas de 2% ao mês.

“A administração e o equilíbrio do orçamento doméstico foram os maiores desafios para o consumidor no primeiro semestre do ano, fato que definiu a priorização dos pagamentos e renegociação das dívidas, simultaneamente ao menor consumo”, diz a Serasa.

O indicador da empresa mostra que os cheques sem fundos repetiram a tendência de 2003 e tiveram a maior participação (36%) na inadimplência de consumidores nos primeiros seis meses de 2004. Em seguida, apareceram a inadimplência dos cartões de crédito e financeiras (33%) e os registros nos bancos (29%). Com a menor participação (2%), ficaram os títulos protestados.

Na comparação entre junho de 2004 e o mês anterior, a pesquisa apontou uma queda de 4,5% na inadimplência de pessoa física. O número ficou abaixo do verificado entre abril e maio, quando houve elevação de 7,1%.

Voltar ao topo