Imprevistos consagram posse como festa popular

Por essa o presidente não esperava. Quando o imponente Rolls Royce que levava Lula e José Alencar passou pela garagem do Senado, o motor do carro parou. Para desepero do motorista Mário Paulino de Souza, de 52 anos, não houve meios de o motor voltar a funcionar. Uma nuvem de fumaça saía da traseira. A solução foi um grupo de seguranças engravatados empurrar o carrão presidencial. Em menos de um minuto, o Rolls Royce de 1953 já rodava de novo, a caminho do Palácio do Planalto, com um sorridente Lula a bordo.

No Parlatório, diante da multidão, nova surpresa: ao tirar a faixa presidencial para passar ao sucessor, Fernando Henrique Cardoso se atrapalhou todo e acabou jogando ao chão os próprios óculos.

Rapidamente Lula abaixou-se para pegá-los e, também atrapalhado, não sabia se os devolvia ao dono ou se recebia a almejada faixa verde e amarela. Recebeu-a meio torta, abraçou Fernando Henrique, Dona Ruth e finalmente conseguiu ajeitá-la, a tempo de ouvir concentrado o Hino Nacional. Os óculos do presidente Fernando Henrique, quebrados, ficaram guardados no bolso até à saída final do Palácio do Planalto.

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