Enquanto em Curitiba alguns donos de imóveis se negam a alugar suas casas para imigrantes venezuelanos, na Holanda uma congregação protestante da Holanda mantém um culto 24 horas por dias há 5 semanas para evitar que imigrantes da Armênia sejam deportados. Isso acontece porque as leis holandesas impedem que sejam conduzidas operações policiais em locais em que eventos religiosos estejam acontecendo.

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A iniciativa comoveu a comunidade local de Haia, terceira cidade mais populosa da Holanda, e repercutiu em todo o mundo. A Igreja Bethel e a Igreja Protestante da Holanda abrigaram a família Tamrazyan, formada por pai, mãe e três filhos com 21, 19 e 14 anos. Eles tiveram o pedido de asilo negado, mesmo vivendo por nove anos na Holanda.

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O culto começou normalmente, com a família abrigada na igreja. A partir dali se apresentaram pastores voluntários, diáconos, líderes religiosos e outras autoridades para um revezamento que manteria as atividades religiosas, impedindo qualquer ação de abordagem da polícia aos imigrantes. Segundo o The New York Times, já existem mais de 450 pessoas participando da escala que mantém a família a salvo.

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“Tivemos ajuda até do exterior, houve sermões em inglês, francês e alemão”, ele disse. “Isso nos comoveu muito. Muitas vezes vejo um pastor entregar o púlpito a outro, de denominação diferente, com a qual o primeiro nada teria a ver em termos litúrgicos”, contou o pastor Axel Wicke.

Representantes da família estão negociando com o governo holandês e a expectativa é de que a deportação seja evitada. Um porta-voz do Ministério da Justiça e Segurança holandês, que lida com questões de imigração, disse que não podia explicar a posição do governo. Um tribunal holandês havia concedido asilo à família, mas o governo recorreu.

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Leia no link abaixo a situação vivida pelos venezuelanos em Curitiba.

Venezuelanos radicados em Curitiba têm dificuldade pra alugar imóveis