IBGE: taxa nacional de desemprego em janeiro sobe para 11,2%

A taxa de desemprego no País foi de 11,2%, no mês de janeiro, superando o índice de 10,5% registrado em dezembro e praticamente igualando os 11,1% de janeiro de 2002. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada, há pouco, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram, ainda, que o número de pessoas desocupadas cresceu 8,2% em janeiro, enquanto o de pessoas economicamente ativas aumentou 1,7%. Em dezembro, o rendimento médio nominal habitualmente recebido caiu 5,1% e o efetivamente recebido cresceu 10,9%.

Segundo o IBGE, o aumento da taxa de desocupação deveu-se à sazonalidade do indicador. Por região metropolitana, de dezembro para janeiro verificam-se as seguintes variações: em Recife, de 11,3% para 11,7%; Salvador, 14,8% para 15,2%; Belo Horizonte, 8,3% para 9,8%; Rio de Janeiro, 8,9% para 8,3%; São Paulo, 11,7% para 13,0%; e Porto Alegre, de 7,5% para 7,9%. A taxa de desocupação feminina aumentou mais (12,4% para 13,5%) do que a masculina (9,0% para 9,4%).

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) revela que o número de pessoas trabalhando aumentou 0,9% de dezembro para janeiro e totalizou 18,250 milhões de pessoas. Já o número de pessoas desocupadas teve alta de 8,2%, atingindo 2,293 milhões de pessoas em todo o país. Dentre as pessoas ocupadas, a pesquisa revela que aumentou o número de empregados sem Carteira de Trabalho assinada (3,8%) e dos empregadores (20,0%), e caiu o número de empregados com carteira assinada (-1,7%) e de trabalhadores por conta própria (-0,4%).

No setor privado, o número de empregados aumentou 1,1%, puxado pela elevação do número de empregados sem carteira assinada (7,9%), porque o contingente de empregados com carteira diminuiu (-1,2%). Por atividades, as variações positivas mais significativas ocorreram em Outros serviços (3,8%) e na Indústria extrativa e de transformação e Distribuição de água, luz e gás (3,2%).

O rendimento médio nominal habitualmente recebido por mês, referente ao mês de dezembro de 2002, situou-se em R$ 837,20. Em termos reais, em relação ao mês anterior, houve variação de -5,1%, influenciada pela variação dos rendimentos dos empregados no setor privado (-4,6%), dos empregados no setor público (-2,9%) e dos trabalhadores por conta própria (-7,6%). No setor privado, caiu o rendimento dos empregados com e sem Carteira de Trabalho assinada (-3,1% e -7,7%, respectivamente).

Desde dezembro do ano passado o IBGE mudou a metodologia para calcular o desemprego no País e adequá-lo a padrões internacionais. Entre as principais mudanças, o Instituto passou a considerar como período de referência para a procura de trabalho os últimos 30 dias e não sete dias, enquanto a idade mínima da população ativa caiu de 15 para 10 anos.

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