Fiscais do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Irati autuaram, na última sexta-feira, o fazendeiro Genésio Zamboski em R$187,5 mil pelo corte ilegal de 160 metros cúbicos de toras de pinheiro e 55 metros cúbicos de lenha nativa. A madeira que estava depositada no local foi apreendida e será doada a instituições de caridade da região.

A propriedade em que ocorreu o crime ambiental, Fazenda São Sebastião, está localizada no município de Rebouças, a 20 quilômetros de Irati. Além da autuação, a área foi embargada e o proprietário deverá promover ações de recuperação dos locais devastados para anular o recurso. Cerca de 30 pessoas que estavam realizando o corte das árvores foram detidas e estão prestando depoimentos durante esta semana.

Ao todo, foram verificados os cortes ilegais de 283 pinheiros, 97 imbuias e 185 árvores de espécies nativas da região. Foi também constatado o corte de vegetação de uma área de dois hectares, localizada em Área de Preservação Permanente, e queima de 3,4 hectares de mata em estado médio de regeneração.

De acordo com Mariano Duran, chefe do escritório regional, as pessoas que estavam trabalhando no local tentaram impedir a entrada dos fiscais do Instituto na fazenda. “Tivemos que voltar em uma segunda oportunidade com a Polícia Florestal para termos acesso à propriedade”, disse Mariano. Ele ainda completou explicando que impedir a fiscalização foi um dos agravantes que elevou o valor da multa – somente esta infração custará ao proprietário R$ 45 mil.

O crime ambiental foi descoberto através de uma denúncia feita ao escritório regional do IAP. Segundo o chefe do escritório regional, o proprietário da Fazenda São Sebastião já havia solicitado autorização para corte de pinheiros há cerca de um ano. “O pedido foi indeferido, mantendo a proibição de desmate na área”, completou Mariano. Ele disse que provavelmente o fazendeiro quisesse comercializar a madeira, já que o metro cúbico de pinheiro chega a valer cerca de R$ 180 no mercado.

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