De acordo com ele, o organismo humano é regulado por um ciclo chamado ritmo cercadiano, que determina o horário para dormir e acordar. Este ritmo também controla a produção de uma série de substâncias, como o hormônio do crescimento e o cordisol – esteróide que controla níveis de estresse. Por causa disso, segundo o professor, a mudança no horário de dormir altera outras partes do organismo.
“É evidente que uma hora de mudança oferece um risco muito pequeno para dar uma alteração. Mas nós vemos esse tipo de problema de uma maneira marcante nos aeronautas, nos pilotos, nos comissários de bordo, que fazem viagem através dos meridianos”.
O médico explica, no entanto, que existem maneiras de amenizar os impactos do horário de verão. “As pessoas deveriam se adaptar alguns dias antes. Se a pessoa tem mais dificuldade, poderia começar sete dias antes e já se colocar no horário de verão, digamos assim”.
Outras alternativas são modificar a alimentação e praticar exercício físico. De acordo com Raimundo, refeições mais leves garantem um sono tranqüilo. “A pessoa seguramente vai ter que deitar uma hora mais cedo e, para isso, seria bom que ela fizesse um exercício físico no final do dia, de forma que houvesse uma alteração da temperatura corporal que quatro horas depois culminaria no sono”, afirma.
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