Helicópteros de Israel atacam a Cidade de Gaza a acertam hospital

Helicópteros israelenses dispararam na madrugada de hoje (24) 11 mísseis contra a Cidade de Gaza, atingindo a capela de um hospital e diversas oficinas metalúrgicas suspeitas de fabricarem armas.

Na noite anterior, diversas casas foram destruídas no campo de refugiados de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, suspeito de abrigar túneis para contrabando de armas do Egito.

A operação na Faixa de Gaza foi uma resposta à emboscada armada na quinta-feira pelo Hamas numa estrada de Hebron, na Cisjordânia, na qual foram mortos três soldados israelenses.

Os disparos de mísseis contra Gaza começaram pouco após as 2h30 locais.

Um dos mísseis atingiu a capela anglicana – construída no século 19 – do Hospital Ahli, danificando o telhado e o chão próximo ao altar, além de cobrir de destroços uma imagem da Virgem Maria.

?Este é um ato de terrorismo contra nossa igreja?, denunciou Riah Abu Assal, bispo da Igreja Anglicana. ?Este local ao lado do complexo hospitalar é muito conhecido. Não há margem para erros. Mesmo assim, o Exército de Israel foi incapaz de emitir um pedido de desculpas manifestando seu remorso pelo ataque.?

O Exército preferiu não falar sobre o míssil que atingiu o capela, mas garantiu que as pequenas metalúrgicas atacadas eram utilizadas para a fabricação de armas. Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, mas nenhum paciente foi atingido no interior do hospital.

Ainda na Cidade de Gaza, soldados israelenses demoliram a casa de um ativista do Hezbollah morto há dois anos num tiroteio, informou o Exército.

Horas depois da investida israelense em Gaza, o Hamas atacou uma cidade israelense, justificando a ação como represália aos bombardeios.

Militantes desse grupo islâmico lançaram cinco foguetes Qassam contra Sderot, situada a três quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza. Um deles caiu numa casa. Ninguém ficou ferido em nenhum dos dois ataques.

Na Cisjordânia, soldados israelenses assassinaram uma mulher de 45 anos e um suposto ativista do Hamas. Um porta-voz do Exército garante que um deles atirou contra um posto do Exército com uma pistola e ambos levavam granadas. A mulher foi identificada como Soad Jawadallah.

Vizinhos, no entanto, dizem que a mulher pegou uma estrada de terra para evitar um posto de checagem e tentar comprar alimentos. Alguns comentaram que ela desejava ver vingado um de seus filhos, um suposto militante da Jihad Islâmica morto há cerca de dois meses pelo Exército de Israel.

Seu marido, no entanto, garante que Soad era apenas uma pedestre inocente.

?Nós encontramos um fuzil, granadas e explosivos, Parece que eles pretendiam usá-los contra os colonos ou os soldados estacionados na área?, afirmou um porta-voz do Exército. O palestino morto foi identificado como um militante do Hamas.

Os mais recentes atos de violência ocorrem a quatro dias das eleições gerais israelenses, que aparentemente darão um novo mandato ao primeiro-ministro ultradireitista Ariel Sharon.

A rápida reação do Exército ao ataque que matou três soldados conta favoravelmente para o primeiro-ministro Ariel Sharon, do Likud, nas eleições parlamentares de terça-feira, segundo avaliações da imprensa local.

As últimas pesquisas, de quinta-feira, indicam que o Likud fará pelo menos 32 cadeiras, os trabalhistas 18 e o anticlerical Shinui pelo menos 17.

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