Gushiken fica irritado com relator da CPI

O chefe de assuntos de Estratégicos do Governo, Luiz Gushiken ficou irritado há pouco com uma pergunta feita pelo relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). No questionamento o relator insinuou que o governo poderia ter feito jogo para que o publicitário Duda Mendonça e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza dividissem entre si a publicidade oficial. Em resposta, Gushiken repudiou a acusação do relator. "As licitações são feitas de acordo com a Lei, inclusive com direito de apresentação de recursos pelos participantes", disse Gushiken.

Afirmou ainda que não foi apresentado recurso algum durante sua gestão à frente da Secretaria de Comunicação do Governo (Secom). Ele disse também que durante a sua gestão houve um aumento das empresas participantes das licitações. O deputado Serraglio rebateu ao comentar que Gushiken poderia estar subestimando a possibilidade de haver ilegalidade em uma licitação. Ainda falando sobre a publicidade oficial, Gushiken lembrou que as empresas de Marcos Valério participaram de sete licitações e perdeu em cinco delas. Disse ainda que a SMPB ganhou a licitação dos Correios e perdeu a Secom; em quanto que a DNA venceu licitação do Banco do Brasil e perdeu outras quatro licitações. Lembrou que no caso do Banco do Brasil, a DNA já tinha um contrato de trabalho antigo. "No caso do Banco do Brasil foi uma espécie de renovação", disse Gushiken.

Lembrou que no Governo de Fernando Henrique a DNA era responsável pelas contas de publicidade da Eletronorte e do Ministério do Trabalho. Explicou mais uma vez aos parlamentares que a Secom não entrava no mérito ao analisar os contratos, sobre o valores envolvidos e nem que faria a publicidade. A preocupação maior da Secom, segundo Gushiken, era fazer uma análise sobre a proposta de patrocínio, para verificar se estava de acordo com as diretrizes do Governo e que não haveria duplicidade com outras campanhas. Sobre o seu relacionamento com os Fundos de Pensão ao assumir a Secom, disse que jamais fez qualquer interferência na gestão dos fundos. Ressaltou, no entanto, que daria com maior prazer sugestões aos Fundos, se elas fossem solicitadas.

Lembrou que tem uma longa trajetória de estudos sobre os Fundos de Pensão. Admitiu, no entanto, que manteve contatos freqüentes com os presidentes dos Fundos de Pensão do BB,da Petrobras e da Caixa Econômica Federal para discutir questões relativas ao conflito societário com o Grupo Opportunity. Disse que se sentiu na obrigação de fazer estes contatos, depois de ter sido espionado ilegalmente por uma empresa envolvida no conflito."No mínimo, eu quis ficar atento para saber o que estava ocorrendo", admitiu Gushiken.

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