Greve afeta distribuição de vacinas no País

Com a greve dos servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), iniciada ontem, os postos de saúde de todo País deixarão de receber 490 mil doses diárias de vacinas, como as que previnem a febre amarela, a poliomelite, o sarampo e a bactéria que causa meningite e pneumonia. Também estão prejudicados os 7 mil testes diários para diagnósticos de doenças, incluindo os de HIV, e a distribuição de sete dos 12 remédios do coquetel que controla a aids, além de 1 milhão de medicamentos para mais de 30 tipos de outras enfermidades.

“Não temos dúvida de que a paralisação prejudicará o abastecimento nas unidades de saúde”, confirma a diretora da Associação dos Servidores da Fundação (Asfoc), Rita Mattos. Ela explicou que algumas unidades foram incluídas no critério de excepcionalidade e, portanto, continuam funcionando. É o caso da produção, que será mantida, mas os produtos não serão distribuídos ao sistema de saúde.

O Instituto Fernando Figueira (IFF), referência no atendimento materno-infantil, o Instituto de Pesquisa Evandro Chagas (IPEC), o mais importante no segmento de doenças infecto-contagiosas, continuam funcionando. Os atendimentos de gravidez de risco e as cirurgias mais graves também estão mantidos. “Isso porque temos compromisso com a sociedade”, diz.

A exportação de vacinas contra a febre amarela para Guiné-Bissau, na África, também está garantida por fazer parte do acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os 200 exames de doenças tropicais que a Fiocruz realiza diariamente, porém, deixarão de ser feitos.

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